19 de janeiro de 2014

Rainha Santa Isabel

Era uma vez uma Rainha que não foi apenas uma rainha.

Isabel de Aragão nasceu em Saragoça a 4 de janeiro de 1271 e veio a falecer em Estremoz a 4 de julho de 1336 foi uma infanta aragonesa e, de 1282 até 1325, rainha de Portugal. Ficou para a história com a fama de santa, tendo sido beatificada e, posteriormente, canonizada. Popularmente conhecida como Rainha Santa Isabel ou, simplesmente, A Rainha Santa.

A sua história

Isabel de Aragão começou a sua ligação com Portugal com 12 anos, altura na qual se casou com o jovem rei de Portugal D. Dinis, acabado de completar 19 anos.

Apesar de ter pretendentes de outras famílias reais europeias, a jovem optou por aquele que já estava no trono mudando-se desde logo para Portugal.

A Rainha Santa Isabel era conhecida pela tranquilidade e paz que procurava transmitir a todos aqueles que se encontravam prontos para a guerra.

Colocou-se no meio de vários conflitos, incluindo os familiares, os quais conseguiu solucionar sem que existisse uma única gota de sangue derramada.

A Rainha Santa Isabel ficou conhecida pela sua bondade e caridade para com aqueles que mais necessitavam.

Muitas vezes até contra a vontade do rei, a rainha deslocava-se para dar alimento aos mais pobres, preocupando-se com o seu estado.

Reza uma lenda até que num desses dias em que ia dar comida aos pobres, levando pão no seu regaço, na sua saia, encontrou o rei, escondendo de imediato o pão dentro da saia.

O rei perguntou o que é que a sua esposa levava na saia, ao que ela respondeu “São rosas, senhor”, porém este ficou desconfiado. Foi então que a Rainha Santa Isabel abriu a sua saia e no lugar do pão apareciam agora rosas, para seu espanto e alívio.
O “milagre das rosas” mostra o exemplo de caridade desta rainha, mais tarde santificada e canonizada por este seu feito pelo Vaticano.
Após a morte de D. Dinis em 1325, a Rainha Santa Isabel alojou-se num convento, mantendo contudo o seu apoio a ações de caridade para com os mais necessitados. A Rainha viria a falecer onze anos depois, nesse mesmo convento, sendo hoje lembrada como um exemplo de ternura, de bondade e de um ser humano notável.
Foi assim uma das rainhas mais acarinhadas por todo o povo português…


 A lenda do milagre das rosas


A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. Segundo a lenda portuguesa, a rainha saiu do Castelo de Estremoz numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: São rosas, Senhor!. Desconfiado, D. Dinis inquirido: Rosas, em Janeiro? D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e apareceram rosas, ao invés dos pães que ocultara.
A época exata do aparecimento desta lenda na tradição portuguesa não está determinada. Não consta de uma biografia anónima sobre a rainha escrita no século XIV, mas circularia oralmente pelo país nas últimas décadas desse século. O mais antigo registo conhecido é um retábulo quatrocentista conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha.


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