17 de abril de 2011

Entrada de Jesus em Jerusalém

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo



N - Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São Mateus
Naquele tempo, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse-lhes:
R - ue estais dispostos a dar-me para vos entregar Jesus?».
N - Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para O entregar.
No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe:
R -  «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?».
N Ele respondeu:
J «Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe:
‘O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo.
É em tua casa que Eu quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos’».
N
Ao cair da noite, sentou-Se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, declarou:
J «Em verdade vos digo: Um de vós há-de entregar-Me».
N Profundamente entristecidos, começou cada um a perguntar-Lhe:
R «Serei eu, Senhor?».
N Jesus respondeu:
J «Aquele que meteu comigo a mão no prato é que há-de entregar-Me.
O Filho do homem vai partir, como está escrito acerca d’Ele.
Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue!
Melhor seria para esse homem não ter nascido».
N Judas, que O ia entregar, tomou a palavra e perguntou:
R «Serei eu, Mestre?».
N Respondeu Jesus:
J «Tu o disseste».
N Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, recitou a bênção,
partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo:
J «Tomai e comei: Isto é o meu corpo».
N Tomou em seguida um cálice, deu graças e entregou-lho, dizendo:
J «Bebei dele todos, porque este é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado pela multidão, para remissão dos pecados.
Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha mandado e prepararam a Páscoa.
Eu vos digo que não beberei mais deste fruto da videira, até ao dia em que beberei convosco o vinho novo no reino de meu Pai».
N Cantaram os salmos e seguiram para o monte das Oliveiras.
N Então, Jesus disse-lhes:
J «Todos vós, esta noite, vos escandalizareis por minha causa,
como está escrito:
‘Ferirei o pastor. e dispersar-se-ão as ovelhas do rebanho’.
Mas, depois de ressuscitar, preceder-vos-ei a caminho da Galileia».
N Pedro interveio, dizendo:
R «Ainda que todos se escandalizem por tua causa, eu não me escandalizarei».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Em verdade te digo:
Esta mesma noite, antes de o galo cantar, Me negarás três vezes».
N Pedro disse-lhe:
R «Ainda que tenha de morrer contigo, não Te negarei».
N E o mesmo disseram todos os discípulos.
Então, Jesus chegou com eles a uma propriedade, chamada Getsémani, e disse aos discípulos:
J «Ficai aqui, enquanto Eu vou além orar».
N E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se.
Disse-lhes então:
J «A minha alma está numa tristeza de morte.
Ficai aqui e vigiai comigo».
N E, adiantando-Se um pouco mais, caiu com o rosto por terra,
enquanto orava e dizia:
J «Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice.
Todavia, não se faça como Eu quero, mas como Tu queres».
N Depois, foi ter com os discípulos,
encontrou-os a dormir e disse a Pedro:
J «Nem sequer pudestes vigiar uma hora comigo!
Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.
O espírito está pronto, mas a carne é fraca».
N De novo Se afastou, pela segunda vez, e orou, dizendo:
J «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba,
faça-se a tua vontade».
N Voltou novamente e encontrou-os a dormir, pois os seus olhos estavam pesados de sono.
Deixou-os e foi de novo orar, pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras.
Veio então ao encontro dos discípulos e disse-lhes:
J «Dormi agora e descansai.
Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser entregue às mãos dos pecadores.
Levantai-vos, vamos.
Aproxima-se aquele que Me vai entregar».
N Ainda Jesus estava a falar,
quando chegou Judas, um dos Doze,
e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus,
enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
O traidor tinha-lhes dado este sinal:
R «Aquele que eu beijar, é esse mesmo. Prendei-O».
N Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse-Lhe:
R «Salve, Mestre!».
N E beijou-O.
Jesus respondeu- lhe:
J «Amigo, a que vieste?».
N Então avançaram, deitaram as mãos a Jesus e prenderam-n’O.
Um dos que estavam com Jesus levou a mão à espada, desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote, cortando-lhe uma orelha.
Jesus disse-lhe:
J - Pensas que não posso rogar a meu Pai que ponha já ao meu dispor mais de doze legiões de Anjos?
Mas como se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim tem de acontecer?».
N - Voltando-Se depois para a multidão, Jesus disse:
J -  «Viestes com espadas e varapaus para Me prender como se fosse um salteador!
Eu estava todos os dias sentado no templo a ensinar e não Me prendestes ...
Mas, tudo isto aconteceu para se cumprirem as Escrituras dos profetas».
N Então todos os discípulos O abandonaram e fugiram.
N Os que tinham prendido Jesus levaram-n’O à presença do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos se tinham reunido.
Pedro foi-O seguindo de longe, até ao palácio do sumo sacerdote.
Aproximando-se, entrou e sentou-se com os guardas, para ver como acabaria tudo aquilo.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um testemunho falso contra Jesus para O condenarem à morte, mas não o encontravam, embora se tivessem apresentado muitas testemunhas falsas.
«Mete a tua espada na bainha, pois todos os que puxarem da espada morrerão à espada. Por fim, apresentaram-se duas que disseram:R «Este homem afirmou: ‘Posso destruir o templo de Deus e reconstruí-lo em três dias’».
N Então o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus:
R «Não respondes nada?
Que dizes ao que depõem contra Ti?».
N Mas Jesus continuava calado.
Disse-Lhe o sumo sacerdote:
R «Eu Te conjuro pelo Deus vivo, que nos declares se és Tu o Messias, o Filho de Deus».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Tu o disseste.
E Eu digo-vos:
vereis o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso,
vindo sobre as nuvens do céu».
N Então o sumo sacerdote rasgou as vestes, dizendo:
R «Blasfemou.
Que necessidade temos de mais testemunhas?
Acabais de ouvir a blasfémia. Que vos parece?».
N Eles responderam:
R «É réu de morte».
N Cuspiram-Lhe então no rosto e deram-Lhe punhadas.
Outros esbofeteavam-n’O, dizendo:
R «Adivinha, Messias: quem foi que Te bateu?».
N Entretanto, Pedro estava sentado no pátio.
Uma criada aproximou-se dele e disse-lhe:
R «Tu também estavas com Jesus, o galileu».
N Mas ele negou diante de todos, dizendo:
R «Não sei o que dizes».
N Dirigindo-se para a porta, foi visto por outra criada que disse aos circunstantes:
R «Este homem estava com Jesus de Nazaré».
N E, de novo, ele negou com juramento:
R «Não conheço tal homem».
N Pouco depois, aproximaram-se os que ali estavam e disseram a Pedro:
R «Com certeza tu és deles, pois até a fala te denuncia».
N Começou então a dizer imprecações e a jurar:
R «Não conheço tal homem».
N E, imediatamente, um galo cantou.
Então, Pedro lembrou-se das palavras que Jesus dissera:
«Antes de o galo cantar, tu Me negarás três vezes».
E, saindo, chorou amargamente.
Ao romper da manhã, todos os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram em conselho contra Jesus, para Lhe darem a morte.
Depois de Lhe atarem as mãos, levaram-n’O e entregaram-n’O ao governador Pilatos.
Então Judas, que entregara Jesus, vendo que Ele tinha sido condenado, tocado pelo remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
R «Pequei, entregando sangue inocente».
N Mas eles replicaram:
R «Que nos importa? É lá contigo».
N Então arremessou as moedas para o santuário, saiu dali e foi-se enforcar.
Mas os príncipes dos sacerdotes apanharam as moedas e disseram:
R «Não se podem lançar no tesouro,porque são preço de sangue».
N E, depois de terem deliberado, compraram com elas o Campo do Oleiro, que servia para a sepultura dos estrangeiros.
Por este motivo se tem chamado àquele campo, até ao dia de hoje, «Campo de Sangue».
Cumpriu-se então o que fora dito pelo profeta:
«Tomaram trinta moedas de prata, preço em que foi avaliado
Aquele que os filhos de Israel avaliaram,
N Entretanto, Jesus foi levado à presença do governador, que Lhe perguntou:
R «Tu és o rei dos judeus?».
N Jesus respondeu:
J «É como dizes».
N Mas, ao ser acusado pelos príncipes dos sacerdotes
e pelos anciãos, nada respondeu.
Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não ouves quantas acusações levantam contra Ti?».e deram-nas pelo Campo do Oleiro, como o Senhor me tinha ordenado».N Mas Jesus não respondeu coisa alguma, a ponto de o governador ficar muito admirado.
Ora, pela festa da Páscoa, o governador costumava soltar um preso, à escolha do povo.
Nessa altura, havia um preso famoso, chamado Barrabás.
E, quando eles se reuniram, disse-lhes Pilatos:
R «Qual quereis que vos solte?
Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?».
N Ele bem sabia que O tinham entregado por inveja.
Enquanto estava sentado no tribunal, a mulher mandou-lhe dizer:
R «Não te prendas com a causa desse justo, pois hoje sofri muito em sonhos por causa d’Ele».
N Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus.
O governador tomou a palavra e perguntou-lhes:
R «Qual dos dois quereis que vos solte?».
N Eles responderam:
R «Barrabás».
N Disse-lhes Pilatos:
R «E que hei-de fazer de Jesus, chamado Cristo?».
N Responderam todos:
R «Seja crucificado».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?».
N Mas eles gritavam cada vez mais:
R «Seja crucificado».
N Pilatos, vendo que não conseguia nada e aumentava o tumulto,
mandou vir água e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo:
R «Estou inocente do sangue deste homem. Isso é lá convosco».
N E todo o povo respondeu:
R «O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos».
N Soltou-lhes então Barrabás.
E, depois de ter mandado açoitar Jesus, entregou-lh’O para ser crucificado.
Então os soldados do governador levaram Jesus para o pretório
e reuniram à volta d’Ele toda a coorte.
Tiraram-Lhe a roupa e envolveram-n’O num manto vermelho.
Teceram uma coroa de espinhos e puseram-Lha na cabeça e colocaram uma cana na sua mão direita.
Ajoelhando diante d’Ele, escarneciam-n’O, dizendo:
R «Salve, rei dos judeus!».
N Depois, cuspiam-Lhe no rosto e, pegando na cana, batiam-Lhe com ela na cabeça.
Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas roupas e levaram-n’O para ser crucificado.
N Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão,
e requisitaram-no para levar a cruz de Jesus.
Chegados a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer lugar do Calvário, deram-Lhe a beber vinho misturado com fel.
Mas Jesus, depois de o provar, não quis beber. Depois de O terem crucificado, repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, e ficaram ali sentados a guardá-l’O.
Por cima da sua cabeça puseram um letreiro, indicando a causa da sua condenação:
«Este é Jesus, o rei dos judeus».
Foram crucificados com Ele dois salteadores,
Os que passavam insultavam-n’O e abanavam a cabeça, dizendo:
R «Tu, que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo;
se és Filho de Deus, desce da cruz».um à direita e outro à esquerda.
N Os príncipes dos sacerdotes, juntamente com os escribas e os anciãos, também troçavam d’Ele, dizendo:
R «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!
Se é o rei de Israel, desça agora da cruz e acreditaremos n’Ele. Confiou em Deus:
Ele que O livre agora, se O ama, porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’».
N Até os salteadores crucificados com Ele O insultavam.
Desde o meio-dia até às três horas da tarde, as trevas envolveram toda a terra.
E, pelas três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:
J «Eli, Eli, lemá sabactáni?»,
N que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?».
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
R «Está a chamar por Elias».
N Um deles correu a tomar uma esponja, embebeu-a em vinagre,
pô-la na ponta duma cana e deu-Lhe a beber.
Mas os outros disseram:
R «Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O».
N E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.
N Então, o véu do templo rasgou-se em duas partes, de alto a baixo;
a terra tremeu e as rochas fenderam-se.
Abriram-se os túmulos, e muitos dos corpos de santos que tinham morrido ressuscitaram;
e, saindo do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
Entretanto, o centurião e os que com ele guardavam Jesus,
ao verem o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram aterrados e disseram:R «Este era verdadeiramente Filho de Deus»
N Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres
que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para O servirem.
Entre elas encontrava-se Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.
Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José,
que também se tinha tornado discípulo de Jesus.
Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
E Pilatos ordenou que lho entregassem.
José tomou o corpo, envolveu-o num lençol limpo e depositou-o no seu sepulcro novo, que tinha mandado escavar na rocha.
Depois rolou uma grande pedra para a entrada do sepulcro
e retirou-se.
Entretanto, estavam ali Maria Madalena e a outra Maria,
sentadas em frente do sepulcro.
No dia seguinte, isto é, depois da Preparação, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus foram ter com Pilatos e disseram-lhe:
R «Senhor, lembrámo-nos do que aquele impostor disse
quando ainda era vivo:
‘Depois de três dias ressuscitarei’.
Por isso, manda que o sepulcro seja mantido em segurança até ao terceiro dia, para que não venham os discípulos roubá-lo e dizer ao povo: ‘Ressuscitou dos mortos’.
E a última impostura seria pior do que a primeira».
N Pilatos respondeu:
R «Tendes à vossa disposição a guarda:
ide e guardai-o como entenderdes».
N Eles foram e guardaram o sepulcro, selando a pedra e pondo a guarda.
Palavra da salvação.

(Mt 26 , 14 – 27, 66)

12 de abril de 2011

Via Sacra








1ª Estação – JESUS É CONDENADO À MORTE

Leitura: Jo. 18, 33-40 ; Lc. 22, 31-34 ·
Meditação: Antes de ser presente a Pilatos, Jesus passou uma noite na prisão fria e escura. Nela Jesus para além de ter sentido a dor física que o enfraquecia; Jesus sentia uma tristeza de morte por todo o escárnio, injustiça e negação que faziam do seu amor. Pilatos representava todos aqueles que lutavam entre a Graça e as suas próprias paixões, todos aqueles que se deixavam dominar pelo respeito humano e por um excessivo amor próprio. O próprio Pedro, a quem Jesus tinha constituído chefe e cabeça da Igreja teve a oportunidade de dar testemunho de Jesus, mas foi mais fácil negá-lo! Mas que ternura o olhar de Jesus quando olhou Pedro amargamente arrependido do seu pecado. E nós? E tu? Deixas-te penetrar por este olhar terno e misericordioso? Ou preferias ser como Pilatos que é neutro ao Amor de Deus?


2ª Estação – JESUS CARREGA SUA CRUZ


Leitura: Jo. 19, 1-6 e 15-18
Meditação: A cobardia de Pilatos fez com que Jesus fosse flagelado, açoitado até que todo o seu corpo ficasse coberto de feridas, sangue e dor. E como se não bastasse coroaram-no de espinhos, mais dor! A cruz, o sinal da vergonha para um romano, é abraçada por Jesus. Bem se pode ver na cruz a imagem dos nossos pecados. Que adorável Jesus que toma sobre os seus delicados ombros os meus pecados! Que bom Jesus que torna a cruz sinal de salvação! E tu? Qual a cruz que queres abraçar? Meditemos como Jesus se deve ter sentido desprezado quando o seu povo pedia a sua morte. E eu que posso fazer para minimizar o sofrimento de Jesus?

3ª Estação – JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

Leitura: Is. 53, 5 / Jo. 12, 24-25
Meditação: Apesar do caminho até ao calvário não ser longo a fadiga de Jesus é tão grande e a cruz é tão pesada que fá-lo cair, pela primeira vez. Sem gentileza e compaixão demonstrada nos gestos de ajuda dos soldados, Jesus aumenta a sua tristeza. Seu rosto está por terra! E tu? Que gesto escolhes para contemplar a santa face de Jesus? Que ajuda pretendes oferecer?

4ª Estação – ENCONTRO DE JESUS COM SUA MÃE SANTISSIMA

Leitura: Lc. 2, 34-35 / Lc. 2, 51
Meditação: Olhai como é silencioso o sofrimento de Maria e de Jesus. Que olhar terno e doloroso devem ter trocado, mas a obra da redenção ter-se-ia que consumar. Maria guarda cada sorriso, cada palavra, cada gesto, cada ferida, cada gota de sangue, cada lágrima de seu Amado Filho no seu terno e doce coração E assim é acolhido e estimulado para continuar pelo olhar de Sua Mãe. Ela jamais o abandonou até ser sepultado. E tu? Que encontro tens com Maria? Será Ela um modelo para ti? Partilhas, acolhes, guardas, rezas, acompanhas a dor de Jesus?

5ª Estação – SIMÃO CIRENE AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ

Leitura: Mc.15, 20-21
Meditação: A possibilidade de Jesus não chegar vivo ao calvário gera preocupação entre os soldados. E depois combinaram entre si escolherem alguém que ajudasse Jesus a suportar a cruz. Foi escolhido Simão de Cirene, homem robusto, aparentemente forte para ajudar Jesus a suportar o peso da Cruz. E tu? Que respostas dás quando Jesus te chama? Será a tua vontade suficientemente forte e sincera para ajudares a suportar pela oração, pela partilha, pelo amor o sofrimento do outro?

6ª Estação – VERÓNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS

Leitura: Is. 50, 6-7 / Sl. 4,7; 16, 15
Meditação: “Vera Ícona”, ou seja, verdadeira imagem é o significado do nome daquela mulher que se compadeceu de Jesus e lhe enxugou o rosto. Que gesto de proximidade, de carinho, de ternura para com o filho do Homem. Quantos de nós não gostaríamos de ter feito o mesmo, ali, naquele lugar onde Jesus passou. E hoje? Sim, hoje, Jesus continua a oferecer a sua santa face para a enxugarmos. E ao fazê-lo estamparíamos em nossa alma a Sua Santa Face. Tornar-nos-iamos um “outro Cristo”. Pois o amor torna aquele que ama semelhante ao objecto amado. E tu? Queres enxugar o rosto de Jesus? Queres ser fiel ao seu Amor pelo testemunho da tua vida?

7ª Estação – JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ


Leitura: Is. 53, 6-7 / Sl. 36, 23-24
Meditação: Que sofrimento! Que dor trespassa o seu coração. Terá chegado a hora de desistir? Quem suporta tanto?! Como delicadas seriam as pedras do caminho comparadas com o sofrimento que se seguia. “Senhor perdoa-me por tanto mal que te causo”. Jesus cai mas ergue-se novamente. Ele mostra-nos como deverá ser a nossa confiança no Pai, mesmo que recaiamos nas mesmas faltas e tentações. O Salvador está sempre disponível a perdoar-nos e para isso é importante não desistirmos. E tu? Queres desistir deste imenso amor que te renova, que te liberta, que te abraça sem perguntar nada?

8ª Estação – JESUS CONSOLA AS FILHAS DE JESURALÉM

Leitura: Lc. 23, 27-31
Meditação: Jesus consola! Mesmo em sofrimento, mesmo suportando sobre os seus delicados ombros o peso dos nossos pecados. Jesus acolhe a angústia e o sofrimento do seu povo e conforta-O falando-lhes na necessidade de se arrependerem e tomarem outro rumo para a sua vida pessoal, familiar e comunitária. Mostra-lhes o poder do sacramento da reconciliação para que o seu pecado, as suas faltas de amor minimizarem o seu sofrimento. E tu? Somos este povo que caminha com Jesus até ao calvário? Onde está a minha contrição?

9ª Estação – JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ

Leitura: Is. 53, 3-10 / 1Pd. 2, 21-24
Meditação: Que faz o Cireneu ali? Não foi ele chamado para ajudar Jesus? Será a sua vontade verdadeira, fiel, despegada de qualquer interesse pessoal na ajuda a Jesus? Ou será que a misericórdia do povo é tão grande, os seus pecados tão pesados que é insuportável aquela cruz? Porque continua Jesus a caminhar? Porque ele disse:”Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). Ai está diante dos nossos olhos, a luz do mundo que carrega até ao fim o peso da minha ignorância, da minha miséria das minhas faltas e que as leva até ao Pai para que nos seja dadas a salvação e a libertação do povo por tanta falta de amor. E tu? Onde procuras o amor de Deus? É abraçando a cruz que nos apercebemos da luz.

10ª ESTAÇÃO - “Jesus é despojado das Suas vestes”

Leitura: Jo. 19, 23-24
Meditação: Jesus é despojado mais uma vez. Desta feita é colocada em público a sua nudez. A humilhação humana de Jesus atingiu o seu máximo. Mas o seu espírito já há muito se sentia envergonhado e só pela calunia, pelo abandono, pelo falso testemunho que os seus proferiram quando o negaram. Ele já se sentia nu há muito tempo. E tu? Ainda hoje O colocas a nu quando O negas no irmão? E tu ainda O negas quando finges que não vês quem sofre a teu lado

11ª ESTAÇÃO - “Jesus é pregado na cruz”

Leitura: Jo. 19, 17-19 Jo. 19, 25-27
Meditação: SILÊNCIO……….. Quantos de nós aqui neste silêncio consegue ouvir o som das marteladas? O som do choro silenciado de quem sente a culpa de tamanha crueldade? Quem consegue ouvir o alivio daqueles que suspiram de alivio por O terem silenciado? E tu? Continuas a ser o “carrasco” desta crueldade quando não assumes que tudo passa menos esse Amor louco que tudo pode para salvar, redimir, valorizar? Deixas sufocar-te na culpa quando na cruz te oferecem o sacramento da reconciliação?

12ª ESTAÇÃO - “Jesus morre na cruz”

Leitura: Jo. 19, 28-30, 32-34
Meditação: SILÊNCIO……..Jesus morreu!! Testemunho de um Amor imenso onde cada um de nós mergulha desde que Deus Pai nos pensou. E onde nos tornou filhos muito amados pela água (água do baptismo) que saiu do lado de seu primogénito.

13ª ESTAÇÃO - “Jesus é descido da cruz”

Leitura: Jo. 19, 38-40
Meditação: SILÊNCIO…………Jesus desce da cruz. É abraçado por Sua mãe. O colo da mãe. Quantos de nós sente a falta do colo, do aconchego, do calor do colo da mãe. Jesus antes de morrer entregou-nos sua Mãe para nossa Mãe. A única Mãe que suporta o sofrimento como o mesmo silêncio e obediência que a alegria das bodas de cana. Queremos nós este colo? Queremos imitar Maria neste “Fiat” constante e sem condição?

14ª ESTAÇÃO - “Jesus é sepultado”

Leitura: Jo. 19, 41-42 Mt. 27, 60-61
Meditação: SILÊNCIO…………..Jesus por fim “bem morto”. E ainda bem guardado. Não seriam uma fracas mulheres que rolariam uma pedra tão pesada que poria fim a tudo o que se tinha passado. O tempo fazia com que tudo se esquecesse. Mas não é preciso força humana quando o Amor fala mais alto. Ele sim, move montanhas. Ele faz-nos todos iguais. Onde está a minha força? Onde está a minha rocha? Onde edifico a minha pessoa?


15ª ESTAÇÃO - “Jesus Ressuscitou”

Leitura: Jo. 20, 1-18
Meditação: Jesus vive!!!!! Oiçamos agora o espanto na voz de cada um. Oiçamos o pensamento daqueles que sentiam aliviados por O terem calado. Mas o Amor cala-se? A verdadeira Luz apaga-se? A água que nos lava e nos torna novas criaturas esgota-se? Sim, se não fores testemunha de Jesus VIVO. Ele vive.


3 de abril de 2011

«Eu fui, lavei-me e comecei a ver»

Jesus apresenta-se hoje como "a luz do mundo"
Ele veio ao encontro dos homens e mostrou-lhes a luz que liberta,
convidando-os a renunciar ao egoísmo e auto-suficiência que geram "trevas", sofrimento, escravidão e a fazerem da vida um dom, por amor. Aderir a esta proposta é viver na "luz".

Como fico perante o desafio que, em Jesus, Deus me faz?

O Evangelho deste domingo descreve várias formas de fugir à "luz" libertadora que Jesus oferece.
Há aqueles que escolhem viver na mentira;
Há aqueles que por medo, tornam-se escravos das opiniões do mundo;
Há aqueles que por comodismos preferem ignorar a luz

Eu identifico-me com algum destes grupos?

Receber a "luz" que Cristo oferece é, também, acender a "luz" da esperança no mundo.
O que é que eu faço para eliminar as "trevas" que levam ao sofrimento, à injustiça, e ``a mentira?
A "luz" de Cristo que os padrinhos me passaram no dia em que fui baptizado brilha em mim e ilumina o mundo?

O grupo do 7º volume convida a que nesta semana nos libertemos de tudo aquilo que impede que a luz de Deus brilhe em nós.
Queremos chegar à manhã de Páscoa como pessoas novas, que vivem na luz e que dão testemunho da luz.




Festa do perdão

Olá companheiros, 

No passado dia 2 de Abril alguns de nós unidos na mesma fé, a fé em Cristo morto de ressuscitado para nossa salvação,juntámo-nos, pedimos perdão pelos nossos pecados e com alegria no coração nos entregámos e rendemos ao teu amor Senhor.

 Também tu, ele, vós, eles o podem fazer, reconciliai-vos