29 de janeiro de 2013

Biografia de Aristide de Sousa Mendes

Aristides de Sousa Mendes é o nome da minha rua.

Os meus pais falavam deste homem pelo seu desempenho e pelos seus feitos, como era pequenino não me interessava muito. Mas quando li episódios da história mundial fiquei curioso sobre ele. Acho-o famoso e um verdadeiro homem de Deus apesar de ter falecido ignorado até pelos seus amigos, no dia 3 de Abril de 1954, no Hospital da Ordem Terceira de S. Franciso.

Vou então apresentar um pouco Aristides de Sousa Mendes.
Nasceu a 19 de Julho de 1885 em Cabanas de Viriato, distrito de Viseu.
Era filho do Juiz José de Sousa Mendes e de Maria Angelina Ribeiro Abronches.
Teve um irmão com o nome de César, que tal como Aristides, seguiu a carreira diplomática e que foi nomeado ministro de negócios estrangeiros quando Salazar tomou posse como primeiro-ministro.
Era portanto um homem de "berço de ouro" e com uma carreira bem sucedida como cônsul de segunda classe, exerceu funções na Guiana Inglesa, Galiza, Zamzilar  Curitiba e S. Franciso da Califórnia, em Maranhão, Vigo, e Antuérpia como cônsul de primeira Classe. Foi nomeado para exercer funções de cônsul-geral em Bordéus, no ano de 1939, pouco antes do ínicio da segunda grande guerra.
Casou com a sua prima direita, Maria Angelina Coelho de Sousa Mendes, de quem viria a ter catorze filhos.
Mas nada disto faz a diferença entre uma pessoa "normal" e uma pessoa famosa. A diferença deste homem, para que eu ache que ele seja uma pessoa famosa, não só pelo fato de depois de ter morrido  terem sido relatados e enaltecidos os seus feitos depois de 25 de Abril de 1974, principlamente pela imprensa e depois mais tarde em 1988, pela Assembleia da Republica, catorze anos depois da instauração do regime democrático em Portugal, até pelas muitas homenagens que lhe foram feitas em Portugal e no estrangeiro., sem esquecer o valor do significado de muitas outras (realços e condecoração - Grão Cruz da Ordem de Cristo, atribuida pelo Presidente da Republica em 1995), mas principalmente pelo seu gesto de coragem, quando em Bordéus, em 1939, pouco antes da segunda guerra mundial, passou vistos para a liberdade de tantos refugiados e perseguidos  da guerra.
Aristides não olhou à cor, religião e "cor" politica, apenas desejava que tantos homens, mulheres, familias fugissem aos horrores da guerra.
O seu gesto contribuiu para a sua expulsão da carreira diplomática em Outubro de 1940. Foi um gesto de desobediência, com efeitos prejudiciais para si e para a sua familia, de dificil decisão entre o dever e obrigações a cumprir,nomeadamente,  as ordens do seu governo que o impediam de passar vistos aos milhares de refugiados, maioritariamente judeus, durante a invasão da França pelas tropas Alemãs, que afluiram a Bordéus na esperança de conseguir um visto para a liberdade  e o que achava ser a atitude correta para com todos os que lhe pediam ajuda.

Foi decidido pela sua familia, com o apoio de várias entidades, criar a fundação Aristides de Sousa Mendes. Esta tem como principal objetivo recuperar a Casa do Passal em cabanas de Viriato a fim de instalar uma casa Museu, Centro de Exposições, Biblioteca e Arquivo.

Espero ter conseguido divulgar o gesto de Aristides de Sousa Mendes.


Simão Pais (11anos) 

Martin Lutter King

 . Líder da população negra norte-americana,
. Nasceu em 1929, em Atlanta,
. Morreu assassinado em 1968, em Memphis.
. Eloquente ministro baptista
. Casou com Coretta Scott, em 1953
. teve 4 filhos

Toda a sua acção e atitude foi decisiva para a declaração de inconstitucionalidade da segregação racial dos negros. Liderou o movimento a favor dos direitos civis da América Negra nos anos 50 até ao seu assassinato em 1968, sem recorrer á violência

Em 1955, após a prisão de uma mulher negra por por violar a lei da segregação racial ao recusar-se a ceder o seu lugar sentado no autocarro a um passageiro branco, activistas negros decidiram formar, em Montgomery, uma associação com o objectivo de boicotar o trânsito e escolheram Luther King para seu líder. O boicote durou 381 dias e em 1956, até que o Supremo Tribunal declarou inconstitucional a lei de segregação nos meios de transporte.
Foi entre 1960 e 1965 que a sua influência atingiu o auge. No ano 1960 foi preso, tendo a contestação por tal, atingido proporções nacionais. A estratégia de liderar um movimento activo mas não violento levou a que muitos negros e beancos liberais em todas as partes do país, aderissem ao movimento, tendo as acções tomadas, contado com o apoio da administração Kennedy.
Em 1963, mostrou ao mundo a importância de resolver os problemas raciais através de uma marcha pacífica em Washington pelos direitos humanos, em que participaram mais de 200 000 pessoas. Nesse dia proferiu a célebre frase "I have a dream" num discurso em que fez uso de frases bíblicas, no qual proferiu o seu sonho de um dia ver brancos e negros juntos.
Em 1964 foi aprovada a lei que acabaria com a segregação racial.
Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1964.
A 4 de Abril de 1968 foi morto por um atirador quando estava na varanda de um hotel com alguns acompanhantes.
Em 1969 a acusação recairia sobre o branco James Earl Ray, que foi condenado a 99 anos de prisão. O Congresso americano votou a favor de um feriado nacional em sua honra, que começou a ser celebrado a partir de 1986 na terceira segunda-feira de Janeiro.

26 de janeiro de 2013

Porta de Santiago ou Buraco das salinas


Olá Companheiro,

Conhece a Porta de Santiago? Ela faz parte da muralha de defesa da Alcáçova, construída após a conquista de Santarém aos mouros.
A mesma tinha como função permitir o acesso a Seserigo. Sendo por aqui efetuado todo o abastecimento à Alcáçova dos bens essenciais, levou a que a mesma fosse também conhecida como o buraco das salinas.

 

Aqui, tendo em conta o nome por que é conhecida, desenvolvemos a atividade Somos Sal, que teve como base o texto abaixo:

Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo-se assentado, aproximaram-se os seus discípulos, e ele se pôs a ensiná-los, dizendo: (…) Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há-de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.

   
 


 (MT 5)

Reflexão do grupo: Todos nós somos o sal, o condimento necessário para manter a igreja viva, escutamos, vivemos e partilhamos a palavra do Senhor. Partilhamos o seu banquete todos os domingos, mantendo-o vivo em nós.

20 de janeiro de 2013

Eu tenho um sonho....

Eu tenho um sonho, fazer a profissão de fé.  Renovar o meu batismo, sentir aumentar a minha fé em Jesus, acolhido por ti e pela minha familia, conseguir acabar com a fome, a guerra e conseguir que todos tenham pelo menos um teto e roupa para vestir, ajudar quem precisa. Continuar a seguir o teu caminho, ser igreja e afirmar perante ti que dou o meu esforço para a construção do Reino

6º volume/2013

Igreja Sta Maria da Alcaçova

Olá companheiros,

Na nossa caminhada conhecemos a história da igreja de Sta Maria da Alcáçova e falamos um pouco sobre a religião Judaica e a religião cristã, cuja sociedade, crenças e práticas diferem umas das outras, assim desta vez optámos por não te contar mas deixar aqui o desfio de seres tu a contar-nos, para isso basta que comentes connosco o que sabes e pensas sobre o assunto, mas, deixo-te aqui um pouco da história desta igreja, hoje diferente da traça inicial


Ig. Sta. Maria Alcáçova
"Em nome da Santíssima Trindade, Padre. Filho e Espírito Santo. Eu, D. Afonso, por graça de Deus, rei dos portugueses, começando minha jornada para o castelo, que se chama Santarém, propus em meu coração, e fiz voto, que Deus por sua misericórdia mo concedia, lhe ofereceria todo o direito eclesiástico e aos cavaleiros e mais religiosos do Templo de Salomão, que residem em Jerusalém em defensão do Santo Sepulcro, alguns dos quais me acompanharam nesta empresa. E porque o Senhor me fez tão grande mercê que deduziu a próspero fim meu desejo, portanto eu, D. Afonso, sobredito rei, com minha mulher a rainha D. Mafalda, fazemos doação aos cavaleiros nomeados de todo o direito eclesiástico de Santarém, para que o tenham e possuam, assim eles como seus sucessores, para sempre, de modo que não se entremeta nele pessoa alguma secular nem eclesiástica.
Feita esta escritura no mês de abril da era de 1185 [1147 da era cristã]."

Sete anos depois da conquista de Santarém aos Mouros, após doação de uma pequena parcela das terras do Paço real aos Cavaleiros Templários foi fundada a Igreja de Santa Maria da Alcáçova numa tentativa de sagração do território da fortaleza ou cidadela de Santarém sob orientação de D. Frei Pedro Arnaldo, cavaleiro templário e comendador de Santarém. 

Ao longo dos séculos esta igreja, que sediou a primeira freguesia cristã após a tomada da vila, sofreu diversas campanhas de obras que acabaram por ocultar os planos arquitetónicos primitivos, pelo que, hoje, estamos perante uma obra, que no essencial, é fruto das intervenções dos séculos XVII-XVIII e cuja descaracterização mereceu a Almeida Garrett e a Alexandre Herculano palavras de acerbo desdém. Obras recentes de restauro permitiram detetar, sob a estrutura seiscentista, vestígios importantes dos primitivos arcos medievais.

O seu interior alberga uma arca sepulcral que se supõe conter os restos mortais do infante Rodrigo Afonso, filho bastardo de D. Afonso III, que faleceu em 1302.

O templo é de invocação de Santa Maria, "culto” em expansão em todo o mundo cristão contemporâneo, cuja "Santa Maria" significava uma santificação de um lugar "pagão".

De destacar o singelo túmulo adossado à entrada do templo, em que um pequeno friso no mesmo destaca as inscrições “Simão Ruiz e sus herderos”, que piedosa tradição diz abrigar os corpos de um cristão e de sua apaixonada moura. (pequenos excertos retirados do livro de Arruda, Virgilio, “Santarém no tempo”, Braga 1997, sociedade Gráfica SA)  
  

 

 

 

13 de janeiro de 2013

Olá companheiros,

Tal como prometido vimos dar-vos a conhecer, como decorreu dois dos momentos da nossa atividade:


Bênção e oração do envio



Jovens:
Senhor, que o caminho que vamos percorrer se abra e nos guie ao teu encontro,
Que o Teu dom cresça em nós e nos ajude a levar a tua palavra,
Nos mantenha firmes, fieis ao teu amor e continuar a crescer na fé

 


Sacerdote:
Que a luz do Espirito Santo ilumine o vosso caminho
A sabedoria inunde a vossa mente
A ternura encha o vosso coração
A força fortaleça o vosso corpo
A paz preencha o vosso mundo
A bênção do Espírito Santo habite em vossa vida

 


Cântico
Ide por todo o mundo 
proclamar a minha palavra. 
Ide por todo o mundo 
levar a libertação.


A conquista

Santarém parecia impossível de conquistar. Situada no alto de um monte, rodeada de muralhas e torreões, equipada com boas máquinas de guerra e defendida por soldados aguerridos, era um alvo desanimador. Mas D. Afonso Henriques, em vez de recuar perante as dificuldades, aplicava-se a imaginar soluções engenhosas para alcançar o que queria. E queria absolutamente conquistar Santarém.
Depois de muito pensar, decidiu incumbir Mem Ramires de ir sozinho e em segredo escolher os melhores caminhos para se aproximarem da cidade e um lugar do muro que se pudesse escalar com alguma segurança. Só depois de receber essas informações traçou o plano final.
No dia 9 de Março de 1147 saiu de Coimbra com um pequeno exército, tendo o cuidado de não dizer exatamente ao que iam. Quatro dias depois acampavam em Pernes, e então sim, reuniu os homens, explicou o que tencionava fazer e distribuiu tarefas. Antes de mais nada, era necessário construir escadas, dez escadas que a coberto da escuridão se encostariam à muralha. Todas ao mesmo tempo. Junto de cada escada estariam doze homens prontos a subir com rapidez, e assim, quando os mouros dessem por isso, já lá estariam em cima cento e vinte cristãos. Os cavaleiros entusiasmaram-se com o projeto mas pediram-lhe que não participasse, pois receavam que lhe acontecesse alguma coisa e não queriam ficar sem rei. Mas D. Afonso Henriques respondeu:
- Eu estou convosco e serei o primeiro. Ninguém poderá separar-me da vossa companhia quer na vida quer na morte. E se tiver que morrer sem esta cidade estar conquistada, peço a Deus que não me deixe sair vivo deste combate!
As suas palavras levaram o exército ao rubro. E como nessa noite viram uma grande estrela cadente riscar o céu e cair para as bandas do mar, todos acharam que era bom presságio.De madrugada puseram-se em marcha rumo ao local escolhido por Mem Ramires.
Quando os primeiros homens lá chegaram acima ouviram as sentinelas mouras perguntar: «Manhu?», o que significa «Quem sois?». Não responderam, e então as sentinelas deram o alarme, gritando: «Annachara! Annachara!», ou seja, «Cilada de cristãos!»
Mas era tarde de mais. Na muralha circulavam já de espada em punho muitos cavaleiros de D. Afonso Henriques, outros destruíam as portas de madeira com machados e pedras... A conquista foi rápida e fulminante; poucas horas depois Santarém fazia parte do reino de Portugal.

D. Afonso após a conquista e em frente a porta escancarada, deixou-se cair de joelhos em terra, erguendo a Deus comovida ação de graças.  (Esta descrição da conquista de Santarém foi feita com base no relato escrito por um cavaleiro que se julga ter participado no assalto à cidade. O relato chegou até aos nossos dias. in Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Portugal - História e Lendas, ed. Caminho)

 

 

 

 

 



Até á próxima...





8 de janeiro de 2013

caminho de fé

Olá companheiros,

Ao lançar um breve olhar sobre a cidade de Santarém, facilmente  percebemos de que a mesma se situa num planalto, tendo a seus pés uma zona ribeirinha, que se fixou ao longo do rio Tejo. É pela relação existente entre estas duas zonas que nós, os jovens do 6º ano de catequese, nos aventuramos, observamos e percebemos um pouco a originalidade desta cidade do Ribatejo ao longo dos tempos.

O planalto, pelas suas características, foi ao longo dos anos um local estratégico-militar como testemunha a Alcáçova muçulmana e conquistada por D. Afonso aos mouros, sob orientação de Mem Ramires que em agradecimento pelo feito, doou uma parte da mesma aos monges templários que ai construíram o convento de Sta. Maria da Alcáçova, restando hoje apenas a igreja como testemunha, embora muito diferente da traça original.
Através da conquista permitiu que o planalto fosse crescendo e os nobres por ali se fixassem. Fora de muros e ao longo de uma parte das muralhas e da estrada real que ligava o planalto á zona ribeirinha, viu-se crescer e fixar a judiaria e os seus serviços foram sendo utilizados pelas diferentes comunidades que ali povoaram.
Foi palco de fulgor da fé, em pleno séc. XVII, com o Santíssimo Milagre, que a tornou capital do mundo eucarístico e lhe povoou de mosteiros as suas colinas e montes, foi berço de liberdades públicas.
A zona ribeirinha foi sendo povoada por povos que se dedicavam a pesca, ao comércio e a Industria, contribuindo para o desenvolvimento local e ao mesmo tempo usufruir e beneficiar da proteção da cidadela.
Foi nesta área ribeirinha que nasceram os dois núcleos urbanos que a constituem, Alfange e Seserigo, atual Ribeira de Santarém cuja fundação é indissociável da presença e influência Real à época e à mitologia cristã da cidade de Santarém, tendo vindo a perder o seu prestígio ao longo dos tempos, mas que permanece no coração de muitos
Alfange, vila piscatória, habitada por uma população de fracos recursos, levava a que muitos dos seus habitantes entregasse os seus filhos à comunidade franciscana a fim de receberem instrução, tal como lembrado ao longo dos tempos pela Lenda dos dois irmãos ou dos meninos de Alfange, assistiu a morte de D. Afonso, filho de D. João II, marcando a devoção dos pescadores pela N. Sra. das Neves. 
Ribeira de Santarém, um bairro burguês a época, local onde passava a importante estrada real da Golegã, cresceu a partir do séc. XIV, quando se deu o grande aumento do tráfego fluvial e terrestre sendo o seu porto local de ancoragem dos barcos que percorriam o Tejo entre Abrantes e Lisboa, fazendo do bairro um local fundamental para o desenvolvimento da economia da cidade e um centro vital nas comunicações do país. A sua importância e desenvolvimento económico e comercial e a sua expansão Flúvio-marítima ia ao ponto do bairro adquirir, em relação à cidade, uma independência relativa, materializada em centros próprios de poder e numa organização particular.
Povo de grande devoção, muito ligada a Santa Iria ou Irene (séc. VII-VIII), Virgem mártir e lendária, perpetuada num pedestal de cal e areia revestido a pedra, junto à margem direita do rio Tejo, cuja cidade, Santarém deve o seu nome. Em sua devoção, foram erguidas duas igrejas, uma já inexistente e outra em ruínas  albergando uma imagem também lendária, entregue em sua devoção, Cristo de mont’irás.
Em homenagem a Sra. da Saúde  por fé e oração, todos os anos, a primeiro de Agosto é realizada uma romaria e peregrinação de Santa Iria à Qta N. Sra. da Saúde, a sua origem remonta a época da epidemia da peste que assolou Portugal e que o povo pedia para não ser assolado pela mesma
É uma cidade cheia de história, lendas e tradições. Muitos foram os feitos que encheram e enchem de orgulho quem por aqui decidiu fazer morada, assim o nosso passeio por estes locais foi resgatar um pouco da história…  foi o encantar-nos com o rústico, o antigo e sobretudo com a devoção de um povo, absorvendo o significado de cada pedacinho de chão que se pisa… Foi perceber que se está mesmo num local onde outrora, fez de Santarém a Porta e capital do Ribatejo.

Permaneçam atentos que aos poucos dar-vos-e-mos a conhecer o muito que aprendemos.