Olá companheiros,
Tal como prometido vimos dar-vos a conhecer, como decorreu dois dos momentos da nossa atividade:
No dia 9 de Março de 1147 saiu de
Coimbra com um pequeno exército, tendo o cuidado de não dizer exatamente ao que
iam. Quatro dias depois acampavam em Pernes, e então sim, reuniu os homens,
explicou o que tencionava fazer e distribuiu tarefas. Antes de mais nada, era
necessário construir escadas, dez escadas que a coberto da escuridão se
encostariam à muralha. Todas ao mesmo tempo. Junto de cada escada estariam doze
homens prontos a subir com rapidez, e assim, quando os mouros dessem por isso,
já lá estariam em cima cento e vinte cristãos. Os cavaleiros entusiasmaram-se
com o projeto mas pediram-lhe que não participasse, pois receavam que lhe
acontecesse alguma coisa e não queriam ficar sem rei. Mas D. Afonso Henriques
respondeu:
Até á próxima...
Tal como prometido vimos dar-vos a conhecer, como decorreu dois dos momentos da nossa atividade:
Bênção e oração do
envio
Jovens:
Senhor,
que o caminho que vamos percorrer se abra e nos guie ao teu encontro,
Que o
Teu dom cresça em nós e nos ajude a levar a tua palavra,
Nos
mantenha firmes, fieis ao teu amor e continuar a crescer na fé
Sacerdote:
Que a luz do Espirito Santo ilumine o vosso
caminho
A sabedoria inunde a vossa mente
A ternura encha o vosso coração
A força fortaleça o vosso corpo
A paz preencha o vosso mundo
A bênção do Espírito Santo habite em vossa vida
Cântico
Ide por todo o mundo
proclamar a minha palavra.
Ide por todo o mundo
levar a libertação.
A conquista
Santarém
parecia impossível de conquistar. Situada no alto de um monte, rodeada de
muralhas e torreões, equipada com boas máquinas de guerra e defendida por
soldados aguerridos, era um alvo desanimador. Mas D. Afonso Henriques, em vez
de recuar perante as dificuldades, aplicava-se a imaginar soluções engenhosas
para alcançar o que queria. E queria absolutamente conquistar Santarém.
Depois de
muito pensar, decidiu incumbir Mem Ramires de ir sozinho e em segredo escolher
os melhores caminhos para se aproximarem da cidade e um lugar do muro que se
pudesse escalar com alguma segurança. Só depois de receber essas informações
traçou o plano final.
- Eu estou convosco e serei o primeiro. Ninguém poderá
separar-me da vossa companhia quer na vida quer na morte. E se tiver que morrer
sem esta cidade estar conquistada, peço a Deus que não me deixe sair vivo deste
combate!
As suas palavras levaram o exército ao rubro. E como
nessa noite viram uma grande estrela cadente riscar o céu e cair para as bandas
do mar, todos acharam que era bom presságio.De madrugada puseram-se em marcha
rumo ao local escolhido por Mem Ramires.
Quando os
primeiros homens lá chegaram acima ouviram as sentinelas mouras perguntar:
«Manhu?», o que significa «Quem sois?». Não responderam, e então as sentinelas
deram o alarme, gritando: «Annachara! Annachara!», ou seja, «Cilada de
cristãos!»
Mas era
tarde de mais. Na muralha circulavam já de espada em punho muitos cavaleiros de
D. Afonso Henriques, outros destruíam as portas de madeira com machados e
pedras... A conquista foi rápida e fulminante; poucas horas depois Santarém
fazia parte do reino de Portugal.
D. Afonso
após a conquista e em frente a porta escancarada, deixou-se cair de joelhos em
terra, erguendo a Deus comovida ação de graças. ( Esta descrição da conquista de Santarém foi feita com base no relato escrito por um cavaleiro que se julga ter participado no assalto à cidade. O relato chegou até aos nossos dias. in Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Portugal - História e Lendas, ed. Caminho)
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