Olá companheiros,
Na nossa caminhada conhecemos a história da igreja de Sta Maria da Alcáçova e falamos um pouco sobre a religião Judaica e a religião cristã, cuja sociedade, crenças e práticas diferem umas das outras, assim desta vez optámos por não te contar mas deixar aqui o desfio de seres tu a contar-nos, para isso basta que comentes connosco o que sabes e pensas sobre o assunto, mas, deixo-te aqui um pouco da história desta igreja, hoje diferente da traça inicial
Na nossa caminhada conhecemos a história da igreja de Sta Maria da Alcáçova e falamos um pouco sobre a religião Judaica e a religião cristã, cuja sociedade, crenças e práticas diferem umas das outras, assim desta vez optámos por não te contar mas deixar aqui o desfio de seres tu a contar-nos, para isso basta que comentes connosco o que sabes e pensas sobre o assunto, mas, deixo-te aqui um pouco da história desta igreja, hoje diferente da traça inicial
Ig. Sta. Maria Alcáçova
"Em
nome da Santíssima Trindade, Padre. Filho e Espírito Santo. Eu, D. Afonso, por
graça de Deus, rei dos portugueses, começando minha jornada para o castelo, que
se chama Santarém, propus em meu coração, e fiz voto, que Deus por sua
misericórdia mo concedia, lhe ofereceria todo o direito eclesiástico e aos
cavaleiros e mais religiosos do Templo de Salomão, que residem em Jerusalém em
defensão do Santo Sepulcro, alguns dos quais me acompanharam nesta empresa. E
porque o Senhor me fez tão grande mercê que deduziu a próspero fim meu desejo,
portanto eu, D. Afonso, sobredito rei, com minha mulher a rainha D. Mafalda,
fazemos doação aos cavaleiros nomeados de todo o direito eclesiástico de
Santarém, para que o tenham e possuam, assim eles como seus sucessores, para
sempre, de modo que não se entremeta nele pessoa alguma secular nem
eclesiástica.
Feita esta
escritura no mês de abril da era de 1185 [1147 da era cristã]."
Sete
anos depois da conquista de Santarém aos Mouros, após doação de uma pequena
parcela das terras do Paço real aos Cavaleiros Templários foi fundada a Igreja
de Santa Maria da Alcáçova numa tentativa de sagração do território da
fortaleza ou cidadela de Santarém sob orientação de D. Frei Pedro Arnaldo, cavaleiro
templário e comendador de Santarém.
Ao
longo dos séculos esta igreja, que sediou a primeira freguesia cristã após a
tomada da vila, sofreu diversas campanhas de obras que acabaram por ocultar os
planos arquitetónicos primitivos, pelo que, hoje, estamos perante uma obra, que
no essencial, é fruto das intervenções dos séculos XVII-XVIII e cuja
descaracterização mereceu a Almeida Garrett e a Alexandre Herculano palavras de
acerbo desdém. Obras recentes de restauro permitiram detetar, sob a estrutura
seiscentista, vestígios importantes dos primitivos arcos medievais.
O
seu interior alberga uma arca sepulcral que se supõe conter os restos mortais
do infante Rodrigo Afonso, filho bastardo de D. Afonso III, que faleceu em
1302.
O
templo é de invocação de Santa Maria, "culto” em expansão em todo o mundo
cristão contemporâneo, cuja "Santa Maria" significava uma
santificação de um lugar "pagão".
De destacar o singelo
túmulo adossado à entrada do templo, em que um pequeno friso no mesmo destaca
as inscrições “Simão Ruiz e sus herderos”, que piedosa tradição diz abrigar os
corpos de um cristão e de sua apaixonada moura. (pequenos excertos retirados do livro de Arruda, Virgilio, “Santarém no tempo”, Braga 1997, sociedade Gráfica SA)
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