20 de janeiro de 2013

Igreja Sta Maria da Alcaçova

Olá companheiros,

Na nossa caminhada conhecemos a história da igreja de Sta Maria da Alcáçova e falamos um pouco sobre a religião Judaica e a religião cristã, cuja sociedade, crenças e práticas diferem umas das outras, assim desta vez optámos por não te contar mas deixar aqui o desfio de seres tu a contar-nos, para isso basta que comentes connosco o que sabes e pensas sobre o assunto, mas, deixo-te aqui um pouco da história desta igreja, hoje diferente da traça inicial


Ig. Sta. Maria Alcáçova
"Em nome da Santíssima Trindade, Padre. Filho e Espírito Santo. Eu, D. Afonso, por graça de Deus, rei dos portugueses, começando minha jornada para o castelo, que se chama Santarém, propus em meu coração, e fiz voto, que Deus por sua misericórdia mo concedia, lhe ofereceria todo o direito eclesiástico e aos cavaleiros e mais religiosos do Templo de Salomão, que residem em Jerusalém em defensão do Santo Sepulcro, alguns dos quais me acompanharam nesta empresa. E porque o Senhor me fez tão grande mercê que deduziu a próspero fim meu desejo, portanto eu, D. Afonso, sobredito rei, com minha mulher a rainha D. Mafalda, fazemos doação aos cavaleiros nomeados de todo o direito eclesiástico de Santarém, para que o tenham e possuam, assim eles como seus sucessores, para sempre, de modo que não se entremeta nele pessoa alguma secular nem eclesiástica.
Feita esta escritura no mês de abril da era de 1185 [1147 da era cristã]."

Sete anos depois da conquista de Santarém aos Mouros, após doação de uma pequena parcela das terras do Paço real aos Cavaleiros Templários foi fundada a Igreja de Santa Maria da Alcáçova numa tentativa de sagração do território da fortaleza ou cidadela de Santarém sob orientação de D. Frei Pedro Arnaldo, cavaleiro templário e comendador de Santarém. 

Ao longo dos séculos esta igreja, que sediou a primeira freguesia cristã após a tomada da vila, sofreu diversas campanhas de obras que acabaram por ocultar os planos arquitetónicos primitivos, pelo que, hoje, estamos perante uma obra, que no essencial, é fruto das intervenções dos séculos XVII-XVIII e cuja descaracterização mereceu a Almeida Garrett e a Alexandre Herculano palavras de acerbo desdém. Obras recentes de restauro permitiram detetar, sob a estrutura seiscentista, vestígios importantes dos primitivos arcos medievais.

O seu interior alberga uma arca sepulcral que se supõe conter os restos mortais do infante Rodrigo Afonso, filho bastardo de D. Afonso III, que faleceu em 1302.

O templo é de invocação de Santa Maria, "culto” em expansão em todo o mundo cristão contemporâneo, cuja "Santa Maria" significava uma santificação de um lugar "pagão".

De destacar o singelo túmulo adossado à entrada do templo, em que um pequeno friso no mesmo destaca as inscrições “Simão Ruiz e sus herderos”, que piedosa tradição diz abrigar os corpos de um cristão e de sua apaixonada moura. (pequenos excertos retirados do livro de Arruda, Virgilio, “Santarém no tempo”, Braga 1997, sociedade Gráfica SA)  
  

 

 

 

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