A 15 de Junho de 1843, na quinta
do Bosque na Amadora nasceu Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Teles
Albuquerque, filha de Marco Thomaz de Mascarenhas Galvão Mexia de Moura Telles
e Albuquerque e de D. Maria da Purificação de Sá Carneiro.
Com 13 anos, Libânia perde a sua
mãe vitima de doença acabando por em Outubro de 1857 recolher no centro de recolhimento
da Ajuda instalado no palácio velho, fundado pelo Rei D Pedro V, que se
destinava a receber as órfãs de famílias nobres e dirigido pelas Filhas da
Caridade de S. Vicente de Paulo, sendo educada por elas.
Em Dezembro do mesmo ano acaba
por perder o seu pai, vitima de doença que afetava grande parte da população Lisboeta
na época, a Febre Amarela.
A 9 de Junho de 1862 , após a
ordem de expulsão das irmãs do pais, por parte do Governo Português, Libânia é
obrigada a deixar o Internato de ajuda e é recolhida pelos Marqueses de Valado,
amigos íntimos de seus pais, onde viveu durante 5 anos, tendo posteriormente
recolhido-se à casa de S. Patricio, em Lisboa, onde ficou a viver como
pensionista junto das irmãs Oerceiras Capuchinhas de S. Francisco, dirigidas
pelo Ver. Do Pe Raimundo dos Anjos
Beirão.
Em Fevereiro de 1870, graças á
sua bondade, devoção de dedicação é enviada pelo Pe Raimundo para o Noviciado
de Calais em França para aprofundar os seus estudos e se formar na vida
Religiosa com o objetivo de formar um instituto português que respondesses ás
necessidade locais.
Em 14 de Abril de 1871, Irmã Maria Clara do Menino Jesus (Libânia) fez a sua Profissão, emitido os
votos de Obediência, Pobreza e castidade
.
Em Maio regressa a Lisboa, como supervisora das casas
fundadas ou a fundar, marcando uma nova vida para as Irmã Cpuchinhas de S,
Patricio que resovem tornar-se Hospitaleira Franciscanas, seguido a Regra e as
Constituições trazidas de Calais, passando a dedicar-se a apoiar e ajudar a
população necessitada
Em Março de 1876, a Irmã Maria Clara
vê a sua petição á Sta. Sé aprovada sendo reconhecida como Congregação das
Irmãs Hospitaleiras do Pobres pelo Amor de Deus.
A Irmã Maria Clara, na sua
dedicação e ajuda, enviou irmãs para prestar auxilio a doentes e
proporcionar-lhe o conhecimento do evangelho para as províncias ultramarinas e
mais tarde também o cuidado com a educação através da fundação de alguns
colégios. A presença das irmãs foi um meio muito importante de ajuda e
desenvolvimento local.
Em Maio de 1896, por questões politicas,
as irmãs acabam por sofrer grandes humilhações, e a Ir. Maria Clara perdeu
todos os poderes que lhe tinham sido atribuídos, mas conhecedoras do poder e
das regras, tudo receberam com humildade, delicadeza e submissão.
Em 1898, após finda as questões
levantadas anteriormente, é readmitida aos cargos anteriores, no entanto nada
volta a ser como era e a “Mãe” Clara, submissa aos novos decretos de gerência
da congregação acaba por muito sofrer , mas não abandona os seus propósitos
tendo sempre presente a fé e a esperança.
Já cansada e vitima de doença cardíaca
acaba por falecer a 1 de Dezembro de 1899, mas a sua obra continua como fonte
de inspiração de ajuda a quem mais necessita
Para saberes um pouquinho mais
podes sempre consultar o site abaixo: