2 de março de 2014

A irmã dos Pobres - Ir. Maria Clara do Menino Jesus

A 15 de Junho de 1843, na quinta do Bosque na Amadora nasceu Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Teles Albuquerque, filha de Marco Thomaz de Mascarenhas Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque e de D. Maria da Purificação de Sá Carneiro.
Com 13 anos, Libânia perde a sua mãe vitima de doença acabando por em Outubro de 1857 recolher no centro de recolhimento da Ajuda instalado no palácio velho, fundado pelo Rei D Pedro V, que se destinava a receber as órfãs de famílias nobres e dirigido pelas Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, sendo educada por elas.
Em Dezembro do mesmo ano acaba por perder o seu pai, vitima de doença que afetava grande parte da população Lisboeta na época, a Febre Amarela.
A 9 de Junho de 1862 , após a ordem de expulsão das irmãs do pais, por parte do Governo Português, Libânia é obrigada a deixar o Internato de ajuda e é recolhida pelos Marqueses de Valado, amigos íntimos de seus pais, onde viveu durante 5 anos, tendo posteriormente recolhido-se à casa de S. Patricio, em Lisboa, onde ficou a viver como pensionista junto das irmãs Oerceiras Capuchinhas de S. Francisco, dirigidas pelo  Ver. Do Pe Raimundo dos Anjos Beirão.
Em Fevereiro de 1870, graças á sua bondade, devoção de dedicação é enviada pelo Pe Raimundo para o Noviciado de Calais em França para aprofundar os seus estudos e se formar na vida Religiosa com o objetivo de formar um instituto português que respondesses ás necessidade locais.
Em 14 de Abril de 1871, Irmã Maria Clara do Menino Jesus  (Libânia) fez a sua Profissão, emitido os votos  de Obediência, Pobreza e castidade .
Em Maio regressa a Lisboa, como supervisora das casas fundadas ou a fundar, marcando uma nova vida para as Irmã Cpuchinhas de S, Patricio que resovem tornar-se Hospitaleira Franciscanas, seguido a Regra e as Constituições trazidas de Calais, passando a dedicar-se a apoiar e ajudar a população necessitada
Em Março de 1876, a Irmã Maria Clara vê a sua petição á Sta. Sé aprovada sendo reconhecida como Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Pobres pelo Amor de Deus.
A Irmã Maria Clara, na sua dedicação e ajuda, enviou irmãs para prestar auxilio a doentes e proporcionar-lhe o conhecimento do evangelho para as províncias ultramarinas e mais tarde também o cuidado com a educação através da fundação de alguns colégios. A presença das irmãs foi um meio muito importante de ajuda e desenvolvimento local.
Em Maio de 1896, por questões politicas, as irmãs acabam por sofrer grandes humilhações, e a Ir. Maria Clara perdeu todos os poderes que lhe tinham sido atribuídos, mas conhecedoras do poder e das regras, tudo receberam com humildade, delicadeza e submissão.
Em 1898, após finda as questões levantadas anteriormente, é readmitida aos cargos anteriores, no entanto nada volta a ser como era e a “Mãe” Clara, submissa aos novos decretos de gerência da congregação acaba por muito sofrer , mas não abandona os seus propósitos tendo sempre presente a fé e a esperança.
Já cansada e vitima de doença cardíaca acaba por falecer a 1 de Dezembro de 1899, mas a sua obra continua como fonte de inspiração de ajuda a quem mais necessita


Para saberes um pouquinho mais podes sempre consultar o site abaixo:

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